Diga-nos mais sobre o desafio do projeto. Qual é o problema que você está tentando resolver? Porque é que o problema é significativo?

Este projeto tem raízes na história pessoal das filhas do sr. Luís, agricultor familiar paranaense que se mudou para Minas Gerais quando ainda jovem, Natália e Renata Pellegrini, que na adolescência deixaram Serra do Salitre/MG, cidade onde nasceram, para estudar na capital de Minas Gerais. Durante o período de pandemia elas retornaram às origens de sua família, constituída por produtores familiares rurais,  reconectando com as terras onde passaram a infância e adolescência. Nesse retorno, elas vivenciaram as tradições agrícolas de sua família e decidiram assumir algumas das responsabilidades, fundando a marca "Café de Casa". Conscientes dos crescentes desafios das mudanças climáticas na região e reconhecendo os impactos dessas mudanças na fazenda,  as irmãs optaram por fazer uma transição para uma agricultura que as tornasse mais resilientes e estivesse de acordo com seus valores pessoais de proteção ao meio ambiente. Nesse processo, Natália e Renata conheceram e aderiram ao  Programa de Investimento do Produtor Consciente, do  Consórcio Cerrado das Águas, que atua em propriedades rurais na região do Cerrado Mineiro. Através dessa parceria, começaram a desenvolver os Sistemas Agroflorestais (SAFs), uma abordagem sustentável que integra culturas agrícolas com árvores nativas, promovendo a biodiversidade, a conservação do solo e a captura de carbono. Este projeto  além de representar uma transição para práticas agrícolas mais sustentáveis, também proporciona uma jornada pessoal e uma conexão com as raízes familiares e o ambiente natural da região. Natália e Renata além de estarem empenhadas em promover a qualidade do seu café desejam ter colheita diversificada de produtos para alimentação em casa e abastecimento da escola da comunidade próxima a propriedade, elas também entendem que a preservação do Cerrado deve caminhar junto com a produção para  construirmos um futuro agrícola mais resiliente às mudanças climáticas, sendo objetivo deste projeto fortalecê-las nesta caminhada. 

Conte-nos mais sobre a solução proposta para o projeto, como ela funcionará?

Atividade 1: Preparação do Terreno e Escolha de Espécies Agroflorestais

Na primeira atividade, focaremos na preparação do terreno e na escolha de espécies agroflorestais para 1,5 hectare de SAF. A preparação do solo é um passo crucial, por isso é importante realizar a análise do solo para entender suas características e necessidades específicas. Com base nesse resultado, selecionaremos as espécies de árvores e culturas intercaladas que melhor se adaptam às condições do solo e ao objetivo do projeto agroflorestal. Essa etapa inicial é fundamental para o sucesso do empreendimento, pois influenciará diretamente no crescimento e na produtividade das plantas no sistema agroflorestal, portanto, deve ser executado com atenção e cuidado.

Atividade 2: Implantação e Manejo de Café Agroflorestal 

Na segunda atividade, a ênfase está na implantação e no manejo do café agroflorestal. Nessa fase, iniciaremos o plantio das mudas de café, juntamente com as espécies intercaladas previamente selecionadas. A integração das culturas de café com outras espécies é essencial para promover a diversidade e a resiliência do sistema agroflorestal. Além disso, serão implementadas práticas de manejo sustentável do café e do solo. Isso envolve o uso de métodos ecológicos para manter a saúde do solo e das plantas, como a utilização de adubos orgânicos e a minimização do uso de produtos químicos. Para garantir o sucesso dessa etapa, será crucial o monitoramento constante do desenvolvimento das culturas e a implementação de estratégias de manejo adequadas. Isso permite ajustar as práticas conforme necessário, assegurando um ambiente propício para o crescimento saudável do café e das demais espécies no sistema agroflorestal. Portanto, a implantação e o manejo cuidadoso são passos fundamentais para alcançar os objetivos do projeto agroflorestal.

3: Monitoramento e Avaliação da Sustentabilidade e Impacto Climático 

Na terceira etapa, o foco se volta para o monitoramento e avaliação da sustentabilidade e do impacto climático do projeto. Isso envolve a coleta de dados ambientais relevantes, como informações sobre o solo, clima e biodiversidade. Posteriormente, esses dados são analisados ​​minuciosamente para avaliar o desempenho do sistema agroflorestal. A análise de dados proporciona insights valiosos sobre o impacto ambiental do projeto, incluindo suas contribuições para a mitigação das mudanças climáticas e a promoção da sustentabilidade. Com base nessa análise, serão identificadas oportunidades de melhoria, permitindo que o projeto seja ajustado e otimizado conforme necessário para alcançar metas ambientais e climáticas mais ambiciosas. Essa etapa é essencial para garantir que o projeto esteja alinhado com os objetivos de sustentabilidade e que continue evoluindo para minimizar seu impacto ambiental ao longo do tempo.

Quais serão as principais atividades do projeto e como os recursos da doação serão aplicados?

Atividade 1: Preparação do Terreno e Escolha de Espécies Agroflorestais 

Preparação do solo: R$ 5.000 obras

Análises de solo: R$ 1.000  consultoria 

Seleção de espécies de árvores e culturas intercaladas: R$ 1.000  consultoria

Atividade 2: Implantação e Manejo de Café Agroflorestal 

Plantio de mudas de café e espécies intercaladas: R$ 18.000 obras

Manutenção das Práticas de manejos sustentáveis do café e ecológicas de solo: R$ 18.000 obras

Atividade 3: Monitoramento e Avaliação da Sustentabilidade e Impacto Climático 
Coleta e análise de dados de monitoramento: R$ 2.000 

Total Investido: R$ 45.000,00